Viver (de novo)
Andava por ali um louco no jardim.
Por curiosidade fiquei a olhar para ele
Já de sua idade, tinha na face enrrugada
uns olhos que saltavam, e uma barba de dias,
Não incomodava ninguem, apenas as pombas
enxotava-as e pulava atras delas!
Achei estranho tal comportamento,
pensei em me ir embora, mas não fui
algo naquele louco me fascinava,
pois era com convicção que perseguia
as pombas e sempre a murmurar palavras
que eu não conseguia entender. Esperei...
Foi então que reparou em mim,
veio ao meu encontro e perguntou-me:
-Acredita no Espirito Santo?
A medo, respondi-lhe que nunca tinha pensado nisso.
-Meu filho, passei toda a minha vida a ser humano
e agora que o futuro já me deixou
sinto o quanto perdi por nem sequer O ter procurado!
2 Comments:
Gostei bastante, aqui fica uma palavra para tal...
Reflectindo e reflectindo a mais,
Só me leva a crer que esse tal a que chamas de “louco”...
Esteja por vezes mais certo que eu...
Na coragem e força na qual realiza seus actos.
Na certeza, na firmesa com que percorre seu caminho!
Mesmo que absurdo para quem nao o sinta,
mostra-nos o seu lado mais humano, esse tal que nos assusta!
Simplesmente genuino e claro.
Isto porque se perde bastante tempo na vida sem se dar conta
e o que interessa realmente passa por nós sem direito a questoes.
Um abraço,
carlos raposo
10:44 da tarde
Mais uma vez digo! Eu é que devia andar a comentar coisas tuas...
Xuinga, tu es o maior!!
5:38 da tarde
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