"Nada é permanente nesse mundo cruel. Nem mesmo os nossos problemas." Charles Chaplin

quinta-feira, março 29, 2007

Estados de espirito!

La Herida

Siempre es la misma función,
el mismo espectador,
el mismo teatro,
en el que tantas veces
actuó,
perder la razón
en un juego tan real
quizás fuera un error,
cúrame esta herida,
por favor.
¿qué hay en dos amigos
cuando después de todo
parecen perdidos
y prefieren a otros?
¿qué dan lerdas manos,
ignorando lo dado,
si antaño se estrecharon,
ahora están engañados?
¿qué les hizo alejarse
de su 'orilla intranquila',
tan siquiera un instante
piensan en esos días?
siempre es la misma función,
el mismo espectador,
el mismo teatro,
en el que tantas veces
actuó,
perder la razón
en un juego tan real
quizás fuera un error,
cúrame esta herida,
por favor.
siempre he preferido
un beso prolongado,
aunque sepa que miente,
aunque sepa que es falso.
¿qué demonios ocurre
cuando miradas no se encuentran?
la pelea de gallos,
se admiten apuestas.
¿quién buscó abrigo
en algún otro lugar?
¿es posible que el frío
venga con la edad?
siempre es la misma función,
el mismo espectador,
el mismo teatro,
en el que tantas veces
actuó,
perder la razón
en un juego tan real
quizás fuera un error,
cúrame esta herida,
por favor.


Heroes Del Silencio

sexta-feira, março 23, 2007

Capitão Iglo

O mundo dos Douradinhos, dos filetes de pescada, e demais peixes para comer do mar ou de viveiro, está em polvorosa! Se o caro leitor estiver atento aos novos anuncios do Capitão Iglo, vai decerto reparar que o mesmo já não é o dito Capitão, mas sim um actor contratado pela multiuniversal!
Eu proprio estou chocado, pois sempre que vejo o anuncio sinto-me enganado, e já não me apetece comer Douradinhos. Como diria o meu prof de Publicidade, a Iglo deu um verdadeiro tiro nos pés! Aquele senhor nem estofo de Pescador tem quanto mais de Lobo do Mar! Faço aqui um apelo: volta Capitão para podermos todos de novo saborear os deliciosos Douradinhos!

quarta-feira, março 21, 2007

Fotos do Tio





quinta-feira, março 15, 2007

De Que Vale a Sabedoria ?

Os homens que se entregam à sabedoria são de longe os mais infelizes. Duplamente loucos, esquecem que nasceram homens e querem imitar os deuses poderosos, e a exemplo dos Titãs, armados com as ciências e as artes, declaram guerra à Natureza. Ora, os menos infelizes são aqueles que mais se aproximam da animalidade e da estupidez.
Tentarei fazer-vos entender isto, usando, em vez dos argumentos dos estóicos, um exemplo crasso. Haverá, pelos deuses imortais, espécie mais feliz que os homens a quem o vulgo chama loucos, parvos, imbecis, cognomes belíssimos, na minha opinião? Esta afirmação poderá a princípio parecer insensata e absurda e, no entanto, nada há de mais verdadeiro. Tais homens não receiam a morte, e, por Júpiter! isso já não representa pequena vantagem! A sua consciência não os incomoda. As histórias de fantasmas não os aterrorizam, nem os afecta o medo das aparições e espectros, nem os males que os ameaçam ou a esperança dos bens que poderão vir a receber. Nada, em resumo, os atormenta, isentos dos mil cuidadeos de que a vida é feita. Ignoram a vergonha, o medo, a ambição, a inveja e chegam mesmo, se são suficientemente estúpidos, a gozar o privilégio, segundo os teólogos, de não cometerem pecados.
Passai agora em revista, ó louco sábio, todas as noites e infinitos dias em que a inquietação crucifica a tua alma. Olha bem para todos os aborrecimentos da tua vida e tenta compreender, enfim, de quantos males eu liberto os meus loucos. Acresce ainda que não só passam o tempo em divertimentos, risos e canções, como levam a todos os que os rodeiam o prazer, os seus jogos, o divertimento e a alegria, como se a indulgência divina os tivesse destinado a afastar a tristeza da vida humana. Além disso, quaisquer que sejam as disposições de uns para os outros, todos os reconhecem como amigos; procuram-nos, adoram-nos, acarinham-nos, gostam de conversar com eles, permitem-lhes que tudo digam e tudo façam. Ninguém os tenta prejudicar e os próprios animais ferozes evitam fazer-lhes mal como se instintivamente os soubessem inofensivos. Estão, com efeito, sob a protecção dos deuses e sobretudo sob a minha égide, rodeados pelo respeito universal.

Erasmo de Roterdão, in "Elogio da Loucura"

quarta-feira, março 14, 2007

Homens temporariamente sós

Prometo não falar de amor de gostar e sentir
Portanto não vou rimar com dor um mentir
Joga-se pelo prazer de jogar e até perder
Invadem-se espaços trocam-se beijos sem escolher
Homens temporariamente sós / que cabeças no ar
Não retratos de solidão interior
Não há qualquer tragédia / Mas um vinho a beber
Partidas regressos conquistas a fazer
Tudo anotado numa memória que quer esquecer
Homens sempre sós preferem perder
Homens sempre sós são bolas de ténis no ar
Muito abatidos saltam e acabam por enganar
Homens sempre sós nunca conseguem casar

GNR