terça-feira, fevereiro 28, 2006
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
Amor
Avô:
Não sinto que não tenhas chorado ao meu ombro!
Apenas sinto o facto de não ter ido contigo á caça...
O que te disse aqui pode parecer um tanto confuso,
Mas não é fácil ser lúcido, quando se perde um "pai".
Obrigado!
terça-feira, fevereiro 14, 2006
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
Concílio de Trento II
O Concílio de Trento II, a realizar no ano do senhor de 2006,será o 8º concílio komissario, convocado pelo Vice-Papa Zébeco para assegurar a unidade de fé e a disciplina no Seio da Komissão. A sua convocação surge no contexto da reacção da D`erecção à divisão que se vive na Komissão do século XXI quanto à apreciação da Reforma Erasmica. O Concílio de Trento II será o mais longo da história da Komissão: será chamado Concílio da Contra-Análise. Serão bebidos numerosos “decretos”. O concílio irá especificar claramente as doutrinas alcoolicas quanto à salvação, os sacramentos e os cânones “vínicos”, em oposição aos puritanos e fracos de figado. Esta nova liça estandardizada será conhecida como a "Liça Tridentina", com base no nome da cidade de Trento, onde o concílio terá lugar. Regulará também as obrigações dos Jokers e dos demais membros. Serão feitas palestras e debates nesta cidade assim como formação komissarial e será reconhecida a superioridade do Presidente e da D`erecção sobre o álcool e a folia. Será instituído o índice de bebidas proibidas “Índex Bebidus Prohibitorum” e reorganizada a Inquisição para aqueles que prevaricarem e renegarem á Fé de nosso Espírito.
Assim será feito, assim será bebido!
domingo, fevereiro 12, 2006
Povo que Lavas no Rio
Povo que lavas no rio,
Que vais às feiras e à tenda,
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão,
Pode haver quem te defenda,
Quem turve o teu ar sadio,
Quem compre o teu chão sagrado,
Mas a tua vida, não!
Meu cravo branco na orelha!
Minha camélia vermelha!
Meu verde manjericão!
Ó natureza vadia!
Vejo uma fotografia…
Mas a tua vida, não!
Fui ter à mesa redonda,
Bebendo em malga que esconda
O beijo, de mão em mão…
Água pura, fruto agreste,
Fora o vinho que me deste,
Mas a tua vida, não!
Procissões de praia e monte,
Areais, píncaros, passos
Atrás dos quais os meus vão!
Que é dos cântaros da fonte?
Guardo o jeito desses braços…
Mas a tua vida, não!
Aromas de urze e de lama!
Dormi com eles na cama…
Tive a mesma condição.
Bruxas e lobas, estrelas!
Tive o dom de conhecê-las…
Mas a tua vida, não!
Subi às frias montanhas,
Pelas veredas estranhas
Onde os meus olhos estão.
Rasguei certo corpo ao meio…
Vi certa curva em teu seio…
Mas a tua vida, não!
Só tu! Só tu és verdade!
Quando o remorso me invade
E me leva à confissão…
Povo! Povo! eu te pertenço.
Deste-me alturas de incenso.
Mas a tua vida, não!
Povo que lavas no rio,
Que vias às feiras e à tenda,
Que talhas com teu machado,
As tábuas do meu caixão,
Pode haver quem te defenda,
Quem turve o teu ar sadio,
Quem compre o teu chão sagrado,
Mas a tua vida, não!
Pedro Homem de Melo
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Avec le temps
Agora uma musiquinha francesa...
Mãe, desta sei que gostas!
Avec le temps...
avec le temps, va, tout s'en va
on oublie le visage et l'on oublie la voix
le cœur, quand ça bat plus, c'est pas la peine d'aller
chercher plus loin, faut laisser faire et c'est très bien
avec le temps...
avec le temps, va, tout s'en va
l'autre qu'on adorait, qu'on cherchait sous la pluie
l'autre qu'on devinait au détour d'un regard
entre les mots, entre les lignes et sous le fard
d'un serment maquillé qui s'en va faire sa nui
tavec le temps tout s'évanouit
avec le temps...
avec le temps, va, tout s'en va
mêm' les plus chouett's souv'nirs ça t'as un' de ces gueul
esà la gal'rie j'farfouille dans les rayons d'la mort
le samedi soir quand la tendresse s'en va tout' seule
avec le temps...
avec le temps, va, tout s'en va
l'autre à qui l'on croyait pour un rhume, pour un rien
l'autre à qui l'on donnait du vent et des bijoux
pour qui l'on eût vendu son âme pour quelques sous
devant quoi l'on s'traînait comme traînent les chiens
avec le temps, va, tout va bien
avec le temps...
avec le temps, va, tout s'en va
on oublie les passions et l'on oublie les voix
qui vous disaient tout bas les mots des pauvres gens
ne rentre pas trop tard, surtout ne prends pas froid
avec le temps...
avec le temps, va, tout s'en va
et l'on se sent blanchi comme un cheval fourbu
et l'on se sent glacé dans un lit de hasard
et l'on se sent tout seul peut-être mais peinard
et l'on se sent floué par les années perdues- alors vraiment
avec le temps on n'aime plus
Léo Ferré
Vidas Portuguesas
João Domingos Bomtempo
Lisboa, 1771 - idem, 1842
Pianista e compositor português. Filho de um músico italiano, Francesco Saverio Buontempo, oboísta na Corte de Lisboa, e que vem a ser o seu primeiro professor de Música. Afirma-se como pianista e compositor em Paris, onde reside entre 1801 e 1810, tornando-se célebre em Londres, onde passa a viver a partir desta data, regressando a Lisboa em 1814, onde funda uma sociedade de concertos, visitando assiduamente Londres e Paris. Após a Revolução Liberal de 1820 fixa-se definitivamente em Lisboa, apesar das perseguições no período miguelista que o obrigam a viver refugiado no Consulado da Rússia durante cinco anos. Entretanto, em 1822, cria a Sociedade Filarmónica, com o objectivo de divulgar a música instrumental clássica, que dirige até à sua extinção seis anos mais tarde, por causa, primeiro, da Vila-Francada miguelista, que proibe os seus concertos e, depois, pelo golpe de Estado de D. Miguel, em 1828, que a leva à extinção. Restabelecido o poder dos liberais, em 1833, é nomeado professor de Música da rainha D. Maria II. Graças aos esforços de J. A. Rodrigues da Costa (1798-1870) é criado o Conservatório Nacional em 1835, do qual é nomeado director, cargo este que mantém até à morte.
Para além de pedagogo de relevo, destaca-se como pianista e torna-se um elevado compositor, mantendo ainda hoje um lugar de honra entre os compositores portugueses, particularmente como introdutor e criador das formas da música instrumental clássica, como a sonata, o concerto e a sinfonia, na peugada dos mestres da Escola de Viena: Haydn, Mozart e Beethoven.
Da sua obra há que destacar as Sonatas para piano, a Missa de Requiem (à Memória de Camões), que segue o texto litúrgico da Missa pro defunctis, a 2.ª Sinfonia, Variações «Alessandro in Éfeso», Fantasia e Variações sobre Uma Ária de Mozart, etc. A Secretaria de Estado da Cultura, na sua Biblioteca Básica Nacional, tem editado as suas obras.
Vale a pena ouvir... quanto a mim a 2ª Sinfonia é sem duvida Genial!!